São Paulo registrou na terça-feira (8) a pior chuva no mês de setembro dos últimos 66 anos. A chuva causou morte de crianças, interrompeu o tráfego de trens, fechou aeroportos, transbordou rios e parou totalmante o trânsito na capital paulista.
Até o início da noite, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou 70 milímetros de água para uma previsão de 74 milímetros para todo o mês.
A terça-feira amanheceu ensolarada, mas, por volta de nove horas da manhã, o tempo mudou bruscamente. O céu escureceu, as luzes das ruas se acenderam e a tempestade desabou com força surpreendente sobre a cidade. Com isso, o rio Tietê, que teve sua calha rebaixada recentemente, não suportou o aguaceiro e transbordou em vários pontos.
O secretário de coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, informa que o aguaceiro obrigou o Governo a inverter o curso do rio Pinheiros e fez um apelo para que a população coloque os sacos de lixo na rua somente no horário da coleta.
Em conseqüência da chuva, o pesado tráfego na Marginal foi o primeiro a parar e provocou o efeito dominó em todo o sistema viário da Capital. Os ventos derrubaram dezenas de árvores que cortaram a fiação elétrica em vários pontos da cidade. O inevitável corte na energia elétrica apagou semáforo e criou o ambiente propício para o caos no trânsito.
Segundo a Prefeitura, no pior momento, a cidade enfrentou 53 pontos de alagamento, muitos deles intransitáveis com mais de 130 quilômetros de congestionamentos. Com isso, os problemas nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros prejudicaram o acesso à Capital paulista por algumas das principais rodovias no Estado.
Os aeroportos de Congonhas e Campo de Marte ficaram fechados na hora em que o aguaceiro foi seguido por forte ventania.
Mas não parou por aí, a chuva inesperada trouxe problemas para os encarregados da Defesa Civil tanto na Capital, quanto na Grande São Paulo. Em Osasco, os bombeiros vão retomar hoje a busca de três corpos que desapareceram sob um deslizamento no Morro do Socó. Felizmente, outras três pessoas foram resgatadas com vida.
A Defesa Civil está em alerta para observar o comportamento dos morros que estão com a terra muito encharcada.