Um centro de referência no combate ao racismo foi inaugurado hoje (20) em São Paulo. Segundo o presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos, José Gregori, a idéia é “inserir cada vez mais os direitos humanos nas políticas públicas da prefeitura”.
O centro de referência atenderá a população negra e afrodescendente paulistana vítimas de racismo. Entre as atividades, o centro oferecerá atendimento e encaminhamento jurídico e psicossocial para casos denunciados de discriminação.
A estudante de direito Adriana Mazagão acredita que a iniciativa é positiva. “Fui vítima de racismo em um banco uma vez e tive que engolir seco. Acredito que, a partir de agora, as pessoas terão pelo menos como desabafar e protestar”, afirmou.
Para ela, a maioria dos negros não tem consciência dos seus direitos porque as pessoas vêem o racismo como um crime menor. “E não é, é inafiançável e grave.”
Segundo a estudante, a criação do centro de combate ao racismo reflete uma preocupação cada vez mais comum do governo. “Já há um centro de referência à mulher, ao idoso, para portadores de doenças contagiosas. Que bom que agora, com o do racismo, não falta mais nada.”