A região metropolitana de São Paulo foi responsável por puxar a taxa de desemprego do Brasil para cima em julho, depois de apresentar recuo em junho. Os dados foram apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quarta-feira (26).
Com isso, a taxa de desemprego no país avançou para 15% no mês, após recuar para 14,8% em maio. Entre todas as regiões pesquisadas, somente a de São Paulo teve aumento, indo de 14,2% para 14,8%. Essa foi a alta mais intensa para estado em um mês de julho desde 1985.
O total de desempregados nas seis regiões da pesquisa (Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo) foi estimado em 3,029 milhões em julho, o que representa 45 mil pessoas a mais do que junho. O número é resultado da eliminação de nove mil postos de trabalho e da entrada de 37 mil pessoas na força de trabalho. Somente em São Paulo, o número de trabalhadores sem emprego chega 1,562 milhão de pessoas, 67 mil a mais que em junho.
O nível de ocupação, média nacional, ficou quase inalterado, já que a oscilação negativa foi de 0,1%, depois de três meses seguidos de crescimento. O total de ocupados nos seis locais pesquisados foi estimado em 17,162 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 20,191 milhões.