Uma revelação pode colocar em xeque o hábito de muitos fumantes de fé islâmica e judaica. De acordo com Simon Chapman, especialista em Saúde Pública da Universidade de Sydney, os filtros de cigarro podem ter traços de sangue de porco, animal de consumo proibido em determinadas religiões.

O especialista levantou essa questão ao analisar um estudo holandês que identificou 185 destinos industriais de um porco, entra eles a utilização da hemoglobina do sangue do animal na confecção dos filtros de tabaco.

Segundo a análise dos holandeses, a proteína presente no sangue do porco tem sido utilizada para capturar alguns componentes químicos prejudiciais à saude. Deste modo, a hemoglobina impede a entrada de certas substâncias no pulmão do fumante. Apesar de ser utilizado para reduzir danos, esse processo é polêmico.

“Eu acho que alguns grupos religiosos vão se sentir ofendidos”, disse Chapman, segundo a agência australiana AAP. “Os judeus levam essas questões extremamente a sério e a comunidade islâmica também, assim como muitos vegetarianos”.

Pelo menos uma fabricante de cigarros da Grécia confirmou a utilização da hemoglobina de suínos em seus processos, segundo o pesquisador. “E não há maneira de descobrir isso”, disse Chapman. Ele argumenta que o completo processo de produção do cigarro ainda é um “segredo industrial”.


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Sangue de porco usado na produção de cigarros é uma ofensa, diz pesquisador