Em sua atual viagem à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve reunido com líderes dos principais países emergentes.
Essas nações formam um grupo conhecido como BRIC e o objetivo do encontro foi tentar fortalecer essas nações para que consigam uma participação maior nas decisões das finanças mundiais.
Mas afinal de contas, o que significa BRIC? É uma palavra que utiliza a primeira letra de cada um dos países em desenvolvimento com maior importância no cenário mundial. No caso, Brasil, Rússia, Índia e China.
O termo foi criado em novembro de 2001 pelo economista Jim O’Neill, do banco Goldman Sachs, em um documento sobre o crescimento econômico em todo o mundo.
Segundo o relatório de O’Neill, levando em conta as projeções demográficas e modelos de acumulação de capital e crescimento de produtividade, foram mapeadas desses países até 2050. A expectativa é que os BRICs podem se tornar a maior força da economia mundial no final deste período.
Caso as projeções do Goldman Sachs se concretizem, em 40 anos as economias dos países hoje em desenvolvimento vão superar a dos que hoje são os mais ricos e formam o G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália), em termos de dólares.
No entanto, o estudo do banco de investimento aponta que cada um dos quatro países do BRIC tem desafios distintos para se manter na faixa de crescimento certa para que essa revolução aconteça. Isso pode acontecer por políticas ruins, simplesmente má sorte, ou por erro nas projeções.
O fato é que se os BRICs conseguirem ao menos chegar perto das previsões, já deverá acontecer uma série de mudanças na economia mundial. A projeção é que eles respondam por 40% da população de todo o planeta e cheguem a um PIB conjunto de US$ 85 trilhões.
Apesar de terem até uma definição de termo, Brasil, Rússia, Índia e China não formam um bloco político (como a União Européia), nem uma aliança de comércio formal (como o Mercosul e Alca) e muito menos uma aliança militar (como a Otan). Eles apenas têm uma aliança por meio de tratados de comércio e cooperação assinados em 2002 para alavancar seus crescimentos.
