O tema esquizofrenia voltou à tona após ser abordado na novela Caminho das Índias na pele do personagem de Bruno Gagliasso, que interpreta um jovem atormentado, com muitos conflitos psicológicos e problemas de relacionamento com a família.
O personagem Tarso mostra os sintomas iniciais da doença, como isolamento, alucinações auditivas e falta de estrutura emocional. Segundo o psiquiatra Wimer Bottura Junior é preciso tomar cuidado para não confundir com outra doença: Para a família é difícil descobrir. É comum confundir o diagnóstico. Pode ser um quadro de depressão ou os dois juntos.
A esquizofrenia atinge 1% da população mundial (é mais frequente que o mal de Alzheimer, diabetes ou esclerose múltipla) e pode se manifestar desde a infância, passando pela adolescência até os 40 anos. O mais comum é que seja durante a segunda década de vida, diz. E sabe-se que a probabilidade de uma pessoa ter esquizofrenia aumenta caso pelo menos um dos pais sofra com a doença. Porém, pessoas sem histórico de casos na família também podem desenvolvê-la.
Antigamente a doença era vista com preconceito por muitas pessoas. Os esquizofrênicos eram isolados da sociedade em clínicas psiquiátricas, além de serem vistos como malucos. Mas hoje isso mudou. A doença não tem cura, mas existe o controle. Existem medicamentos seguros que permitem que as pessoas levem uma vida como os outros. Elas trabalham e levam uma vida social como todo mundo, afirma o Dr. Wimer.
O problema é que é difícil diagnosticar, uma vez que não há exames que confirmem, apenas algumas avaliações psicológicas. A pessoa que tem nunca admite, não se acha doente. Ela se isola, desconfia da comida, tem uma rigidez de pensamento, conclui.
Os sintomas da esquizofrenia podem ser dividos em duas categorias:
Positivos
– Delírios
– Pensamentos irreais
– Alucinações
– Percepções irreais (ouvir, ver, saborear, cheirar e sentir algo irreal)
– Pensamento e discurso desorganizado
– Ansiedade
– Agressividade
Negativos
– Isolamento social
– Falta de vontade
– Apatia
– Indiferença emocional
– Pobreza de pensamento