O diretor de comunicação da candidatura Rio 2016, Leonardo
Gryner, negou nesta quarta-feira que a segurança na cidade seja um
problema em relação a suas chances de ser escolhida como sede dos Jogos
Olímpicos de 2016 na sexta-feira, em Copenhague.

“Não estamos
preocupado com as questões de segurança. O COI reconheceu no relatório
da comissão de avaliação nossos esforços, há um novo sistema policial
com grandes resultados que foi desenvolvido durante os Jogos
Pan-americanos de 2007”, afirmou Gryner, em entrevista coletiva com
vários atletas brasileiros.

Gryner lembrou também que o Rio de
Janeiro tem “grande experiência” na organização bem-sucedida de grandes
eventos, como as festas de Réveillon e Carnaval, e que não existem
antecedentes de terrorismo no Brasil.

O grande investimento público que uma hipotética vitória do Rio exigiria não seria um problema, segundo Gryner.

“Nosso
projeto está completamente alinhado com as necessidades da cidade, os
três poderes governamentais tratam de que assim seja e existem
mecanismos de controle em todos os níveis há anos”, afirmou.

A
proximidade entre a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e os Jogos de 2016
não será também um problema do ponto de vista publicitário, apesar das
dúvidas mostradas pela comissão de avaliação do COI em seu relatório.

“O
mercado publicitário brasileiro é muito competitivo. E fizemos um
programa de comunicação de sete anos que começaria logo depois da
alocação dos Jogos, incluindo também o período durante o Mundial”,
disse Gryner.

O diretor de comunicação da candidatura do Rio estava
acompanhado do ex-jogador Pelé, do nadador César Cielo, da velejadora
Isabel Swan, da ex-jogadora de basquete Janeth Arcain e do nadador
paraolímpico Daniel Dias, que mostraram seu apoio à candidatura.

“Morreria
pelo meu país e pelo esporte. O esporte pode mudar vidas, como mostra
meu caso, e isso pode servir para que o COI pense no Brasil”, disse
Pelé, que lembrou várias vezes que a América do Sul nunca realizou
Jogos Olímpicos.

“É o grande momento para a América do Sul. Os
Estados Unidos tiveram os Jogos várias vezes, também a Europa e a
Ásia”, disse Pelé, que reconheceu que seu sonho era ganhar uma medalha
olímpica.

Cielo, que ganhou em Pequim o primeiro ouro para o Brasil
na natação em Jogos Olímpicos, disse que esse evento esportivo mudou
sua vida e que, por isso, apoiava a candidatura do Rio, além de que
sonha em ganhar outro ouro em seu país.

A realização dos Jogos
Olímpicos no Rio seria também um exemplo para “inspirar” os jovens
brasileiros e enviar uma mensagem de “esperança”, disseram Janeth e
Isabel.


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Rio 2016 nega preocupação com segurança na cidade