Lançado em 24 de fevereiro, o livro Out of Captivity, de Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonsalves, relata os detalhes das experiências dos três, como reféns das Farc, nas selvas colombianas. Lançada a menos de um mês, a publicação dos ex-reféns já está entre os best sellers do mercado.
Porém, eles não foram os únicos que resolveram relatar o drama vivido. O ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Araujo, outro refém, narrou em seu livro – O Trapezista – a angústia de encontrar a mulher com outro homem depois da fuga das garras dos guerrilheiros.
Luis Eladio Pérez, em 7 Anos Sequestrado pelas Farc, narra que durante o tempo em que permaneceu prisioneiro dos rebeldes, se deu conta de que, quando político, deixou-se absorver excessivamente por seus próprios interesses.
Já Lucy Artunduaga, cujo marido foi refém, escreveu em Amores que o sequestro mata (em tradução livre) como foi descobrir que o companheiro se apaixonou por outra prisioneira, durante os seis anos de cativeiro. Agora só falta o aguardado livro de Ingrid Betancourt, a política franco-colombiana e a mais famosa de todos os reféns, que ainda não tem data de lançamento.
Boom editorial
Atualmente, o mercado editorial colombiano passa por um boom e estes livros autobiográficos, que expõem em detalhes como os reféns conseguiram sobreviver às forças e aos maus-tratos, fazem sucesso nas livrarias.
Desde o ano 2000, as Farc passaram a sequestrar personalidades de destaque para usá-las em suas negociações com o governo. Desde então, as Farc ganharam força e ficaram conhecidas mundialmente. Com o resgate de Ingrid, a causa dos reféns ganhou ainda mais força e os livros passaram a vender rapidamente.