O rendimento médio mensal dos brasileiros, considerando todas as fontes, apresentou um aumento de 2% de 2007 para 2008, atingindo R$ 1.023. O incremento foi o menor observado nas últimas quatro comparações anuais. Em 2008, quem mais sentiu a elevação foram as classes intermediárias de rendimentos.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente ao ano de 2008, divulgada nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, publicado anualmente, traz uma radiografia da situação econômica do país, com informações sobre população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimentos.
A pesquisa mostra que, em 2008, enquanto os 10% de pessoas com rendimentos mais baixos não tiveram aumento real no rendimento médio, considerando todas as fontes, para os 10% com rendimentos mais altos a elevação foi de 1,1%.
De acordo com o índice de Gini (que mede o grau de distribuição da renda), houve redução na concentração dos rendimentos de todas as fontes no conjunto do país (de 0,535 em 2007 para 0,531 em 2008).
A análise regional indica que apenas a Centro-Oeste apresentou elevação do indicador (de 0,564 para 0,567). Essa também é a região com o maior grau de concentração de rendimentos de todas as fontes. A Norte registrou a maior queda (de 0,508 para 0,498).
Na avaliação sobre a renda média mensal dos domicílios com rendimentos, houve manutenção da tendência de aumento, com ganho de 2,8% de um ano para o outro, subindo para R$ 1.968. Em 2007, o valor era R$ 1.915. A elevação ocorreu principalmente nas classes com rendimentos mais baixos, contribuindo para a redução na concentração do rendimento domiciliar para o país. O índice de Gini para este indicador passou de 0,521, em 2007, para 0,515, em 2009. O mesmo movimento foi observado em todas as Regiões, tendo sido mais intenso na Norte (de 0,498 para 0,478) e na Sul (de 0,484 para 0,477).