Protógenes Queiroz, Paulo Lacerda e Daniel Dantas não foram incluídos no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas (CPI dos grampos) apresentado pelo relator Nelson Pellegrino (PT-BA) na quinta-feira (23/04) na Câmara.

Em contrapartida, o relatório incluiu o pedido de indiciamento do terceiro-sargento do Centro de Inteligência do Comando da Aeronáutica, Idalberto Martins de Araújo, por posse de documentação sigilosa.

Mais uma vez, Pellegrino desconsiderou os pedidos de indiciamento de alguns dos principais envolvidos na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investiga crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. Os principais suspeitos são o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a operação, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda e o banqueiro Daniel Dantas, controlador do grupo Opportunity.

Sobre o delegado Protógenes, Pellegrino justificou que ele compareceu à CPI como investigado e com habeas corpus preventivo e que, portanto, não poderia criar provas contra si. Quanto a Dantas, o relator afirmou que ele já foi indiciado criminalmente por outros órgãos e que não haveria necessidade de novo pedido por parte da CPI. No caso de Paulo Lacerda, o relator informou que ele enviou carta à comissão retificando e complementando o que havia dito anteriormente.

“Adotei o critério de que quem já está indiciado não deveria ter, por parte da CPI, novo indiciamento. Porque o indiciamento significa o envio ao Ministério Público de provas de autoria e materialidade para futura denúncia”, explicou Pellegrino.

Como vários deputados pediram vista do relatório, a votação ficou para a próxima terça-feira (28/04).


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Relatório final de CPI exclui Protógenes, Lacerda e Dantas de pedidos de indiciamento

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