Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter cometido crimes de peculato e de lavagem de dinheiro durante sua campanha pela reeleição ao governo de Minas, em 1998, quando foi derrotado, o processo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) deve ser analisado nesta quarta-feira (4) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Se o ministro Joaquim Barbosa, relator do caso conhecido como “mensalão mineiro”, decidir pela abertura de uma ação, o tucano passará da condição de investigado à de réu.
Na peça de acusação, o MPF pede a abertura do inquérito contra Azeredo. Já o processo contra outros suspeitos, como Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha tucana, tramita na Justiça Federal de Minas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Na denúncia enviada ao STF, o Ministério Público argumenta que houve desvio de recursos públicos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge). O esquema funcionaria como “embrião” do mensalão petista, escândalo revelado em 2005 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) envolvendo supostos pagamentos para que deputados votassem a favor de projetos do governo em tramitação no Congresso.
Em entrevista à Folha Online, Azeredo negou a existência do mensalão mineiro e disse estar confiante de que será inocentado pela Suprema Corte.