De acordo com o Banco da Inglaterra (banco central do Reino Unido), o país corre o sério risco de entrar em uma fase de grande depressão econômica. O principal motivo para isso é o alto grau de endividamento das famílias britânicas desde o início da crise. O alerta consta no relatório trimestral da instituição divulgado nesta terça-feira (17).

Uma depressão econômica é caracterizada por um estado agravado de recessão, ou seja, um longo período de desemprego em massa, falência de empresas, baixos níveis de produção e investimentos.

O banco explica que a deflação causa um sério problema para as famílias, uma vez que o tamanho de suas dívidas, que ao fixas, tendem a aumentar na comparação com os restantes dos preços no Reino Unido, o que pode agravar ainda mais a atual crise.

Em um primeiro momento, a deflação parece ser boa para os consumidores, que veem os preços dos produtos caírem. No entanto, a expectativa de uma queda maior faz com que muita gente adie as compras, o que desacelera o consumo e afeta os lucros das empresas, que podem ser obrigadas a realizar novas demissões.

A dívida privada dos cidadãos do Reino Unido chega atualmente a SU$ 2,05 trilhões. Esse endividamento cresceu 165% desde 1997, quando o Partido Trabalhista, do atual primeiro-ministro, Gordon Brown, chegou ao poder.


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Reino Unido pode enfrentar grave depressão econômica