Diante do escândalo da compra de carne proveniente de gado criado em áreas de desmatamento na Amazônia por grandes supermercados, a gigante do varejo Wal-Mart anunciou quer não fará mais negócios com frigoríficos que não apresentarem um sistema de rastreamento do produto.
Isso significa que mesmo após a assinatura do Termo de Ajuste de Condutas (TAC) por parte de frigoríficos que atuam no Pará, a rede varejista mantém a suspensão da compra de carne de fazendas da região.
Temos um compromisso com o meio ambiente e com os nossos consumidores, disse Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart Brasil. Ele afirmou que a rede somente voltará a comprar carne da região após a implementação de um processo de auditoria de origem com todos os frigoríficos com os quais trabalha no Brasil, independente da região de atuação.
A posição foi comemorada pelo coordenador da campanha da Amazônia no Greenpeace Brasil, André Muggiati. “Esperamos que essa decisão seja adotada pelas demais redes de supermercados, como um claro recado ao agronegócio de que não há mais espaço para produtos que destroem o maior patrimônio brasileiro e causam mudanças climáticas.”