Quinze integrantes de uma rede albanesa de tráfico internacional e exploração sexual de mulheres foram presos na última semana na Espanha. Segundo as autoridades, os albaneses mantinham relações com organizações criminosas brasileiras. Parte das mulheres “compradas” pela rede criminosa era proveniente do Brasil. Elas eram obrigadas a se prostituir em diferentes regiões da Espanha para, mais tarde, serem repassadas a outras organizações de exploração sexual de várias capitais européias.
Os detidos são acusados por vários crimes, entre eles coação à prostituição, formação de quadrilha, violação de direitos trabalhistas, violação dos direitos dos cidadãos estrangeiros, falsificação de documentos, agressões sexuais e lesões corporais.
Também foram emitidas várias ordens de detenção internacionais contra outros membros da organização localizados em diferentes capitais européias.
O grupo criminoso desmontado nesta semana exercia um estrito e violento controle sobre as mulheres, que se prostituíam em estradas e em boates. As investigações determinaram que a rede desarticulada fazia parte de uma grande estrutura criminosa de âmbito internacional.
Essa estrutura destinava grande parte de seus recursos a procurar mulheres que escapavam do domínio dos criminosos ou a localizar e a ameaçar as famílias das vítimas nos países de origem.
Com a desarticulação deste grupo criminoso, algumas das mulheres exploradas pela organização já puderam voltar a seus países de origem. Outras delas estão sendo atendidas por organizações espanholas de proteção à mulher.
A operação policial começou após a descoberta da grave situação de uma mulher de 21 anos. Ela era explorada por uma organização romena na região espanhola da Catalunha desde que era menor de idade.
A jovem ficou trancafiada em um apartamento na cidade de Barcelona durante quase dois anos e era obrigada a se prostituir. Até ser “vendida” à organização albanesa.