Os jogadores do Chivas, do México, que hoje enfrentam o Everton pela Copa Libertadores, se disseram incomodados com a reação das pessoas que encontraram nas ruas da cidade chilena de Viña del Mar, que taparam a boca com medo de contrair gripe suína.
“Fizeram com que nos sentíssemos mal, já que quando fomos ao centro comercial todos que estavam lá taparam a boca quando nos viram passar”, disse o meio-campo Gonzalo Pineda.
“Não queriam se aproximar da gente. Passavam de lado ou diziam ‘aí vêm os mexicanos, vão nos infectar’. Fizeram com que nos sentíssemos como leprosos e acho que não é para tanto”, completou Pineda, em declarações publicadas pelo diário “Las Últimas Noticias”.
Pineda lembrou que o elenco é formado por “jogadores de alto rendimento” e que todos passaram por testes para prevenir que não entrassem no Chile com o vírus da gripe suína.
“As pessoas no centro comercial saíam da nossa frente, tapavam a boca e riam um pouco. Porém, sabíamos que podia haver essa situação”, relatou o zagueiro Héctor Reynoso ao site do clube mexicano.
Uma situação parecida foi vivida pelo técnico do Chivas, Francisco Ramírez, quando fez um passeio e os habitantes de Viña del Mar identificaram a bandeira mexicana em suas roupas.
“Não é nada agradável. As pessoas fizeram gestos tapando a boca, como faz todo mundo no México”, afirmou Ramírez, que destacou, no entanto, que é “uma forma de se manifestar e é preciso respeitá-la”. Everton e Chivas disputam hoje, às 19h30 (Brasília), a segunda vaga para as oitavas-de-final da Copa Libertadores do grupo 6.