Christian de Souza Augusto, o Afro-X, lançou nesta quinta-feira a autobiografia Ex-157, a História que a Mídia Desconhece. O rapper tem uma história difícil – passou sete anos no complexo do Carandiru por assalto à mão armada e mais sete em liberdade condicional, período que, segundo ele, lhe trouxe duas descobertas: o rap e a religião.

Agora em liberdade, o cantor resolveu transformar seus anos de prisão em uma história “que mostre às crianças que existe esperança”, segundo declarou à imprensa. No lançamento, Afro-X conversou com o público de maneira espontânea e articulada, enfatizando o tom de superação de sua trajetória pessoal por meio de slides com frases como “ninguém nasce bandido” e “amor e paz” e de afirmações categóricas a respeito da importância da música em sua vida.

Afro-X afirmou ao Virgula que, apesar de sua autobiografia ter sido feita especialmente para servir de exemplo às crianças que estão no mundo do crime, não pretende deixar o mundo da literatura tão cedo. “É muito louco escrever. Fiquei viciado. Agora já tenho dois novos projetos engatilhados, e um deles será um livro chamado Ritmo e Poesia ou A Revolução Através das Palavras. As pessoas podem chamá-lo de um dos dois jeitos (risos). Nesse livro vou falar sobre a história do hip hop junto com um pouco de ficção”.

Ao final do curto bate papo, Afro-X fez um pocket show com cinco canções, entre elas Correria, Missão de Paz, Amor Eis a Questão – que o rapper afirmou ser sobre um relacionamento passado que questionou seus conceitos sobre fronteiras raciais e sociais, aludindo a seu relacionamento com a cantora Simony – e Sou Livre, de seu projeto gospel.


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Rapper Afro-X lança autobiografia e afirma querer continuar no mundo da literatura