Até agora, 43 universidades federais, das 55 existentes no país, anunciaram que vão substituir o vestibular tradicional pelo novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A mudança deve acontecer ainda neste ano e as instituições podem usar o sistema unificado de seleção do MEC (Ministério da Educação) para oferecer todas as suas vagas ou parte delas.
O prazo para que as universidades manifestassem interesse em aderir o novo exame terminou no dia 31 de maio. Ainda assim, entre estas instituições, quatro ainda não tiveram sua criação aprovada pelo Congresso Nacional. Portanto, 39 instituições já receberam carta verde para adotar ao novo processo.
O comitê que define as regras da avaliação decidiu que são quatro as possibilidades de se utilizar a prova: poderá ser usado como uma fase única; apenas como primeira fase; como fase única para preencher as vagas remanescentes, após o vestibular ou ainda como um percentual da nota final dos candidatos combinado ao vestibular tradicional.
As instituições de ensino irão divulgar em seus editais de que maneira participará e se haverá diferenças entre os cursos. Um exemplo é a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que vai adotar unicamente o novo Enem apenas para 19 cursos dos 26 oferecidos. Para o restante, haverá uma segunda fase. Como é o caso do curso de Medicina, que é o mais concorrido da universidade.
A Universidade Federal do ABC, assim como, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e outras adotaram o Enem como fase única. Já a Universidade Federal de Uberlândia usará a prova parcialmente e a Universidade Federal do Amapá não utilizará em nada.
NOVO ENEM
As provas do novo Enem vão ocorrer em dois dias e estão marcadas para 3 e 4 de outubro. As inscrições começam no dia 15 de junho e vão até 17 de julho.
O exame será composto de uma redação e de 200 questões de múltipla escolha de quatro disciplinas (linguagens e códigos, matemática, ciências da natureza e humanas). A matriz da prova já está disponível para consulta no site do Ministério da Educação.
A partir de janeiro, quando as notas forem divulgadas os candidatos poderão se inscrever em até cinco cursos e em cinco instituições, desde que estas participem do sistema unificado de seleção. As notas dos concorrentes estarão disponíveis e o candidato poderá mudar suas opções de acordo com os cursos que tenha mais chances.