O PT e o PMDB farão a partir de agora um acompanhamento praticamente diário das composições que começam a ser formadas para as eleições estaduais de 2010 a fim de reduzir ao máximo que influências estaduais interfiram na aliança nacional. Por conta disso, as reuniões de avaliação entre as cúpulas dos dois partidos serão intensificadas com ocorreu nesta quarta-feira (25), na sede nacional do PT, em Brasília, quando foi realizado um mapeamento da atual conjuntura para trabalhar situações mais delicadas – como é o caso da Bahia e do Pará.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) afirmou que, na Bahia, está praticamente definido que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, terá que fazer sua campanha em palanques peemedebista e petista, mas ainda há possibilidade de, pelo menos, criar regras de convivência entre os dois partidos, durante a campanha. Já no Pará, até por causa de uma disputa acirrada onde não há um candidato com chance de vitória definida, a senadora destacou que ainda há espaço para conversas entre o deputado Jader Barbalho (PMDB) e a governadora Ana Júlia Carepa (PT).

Já em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco a disputa entre PT e PMDB é tão acirrada que sequer há espaço para qualquer tipo de negociação. “Você acha, por exemplo, que tem como nós conversarmos com o [senador] Jarbas Vasconcelos (PMDB), em Pernambuco?”, destacou Ideli Salvatti.

Outra preocupação das duas cúpulas partidárias está nos estados com maior eleitorado. Ela citou o caso de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do país, respectivamente. Nos dois estados, PT e PMDB terão que “trabalhar ao máximo” numa composição, uma vez que, em São Paulo, não há possibilidade de união em torno de Dilma Rousseff e, na Bahia, quarto colégio eleitoral do país, a campanha da ministra ocorrerá em palanques diferentes.

Ela também comentou a possibilidade de o PSB, aliado tradicional, lançar a candidatura própria do deputado Ciro Gomes (CE) que tem crescido nas pesquisas de opinião. “Estratégico é o PT e o PMDB. Essa é a espinha dorsal da continuidade do avanço que se tem conseguido”, afirmou.

Salvatti disse, ainda, que as conversas com os socialistas ocorrerão depois de consolidada a aliança nacional com os peemedebistas. Segundo a senadora, não existe motivos para modificar um modelo de aliança que tem dado certo ao longo dos anos.


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PT e PMDB farão acompanhamento diário sobre situação de aliança nos estados