A União Europeia (UE) sustentou neste sábado que o Protocolo de Kyoto, que fixa a redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) de 37 países ricos, não é suficiente na luta contra a mudança climática porque não inclui Estados Unidos e China.

O ministro do Meio Ambiente sueco, Andreas Carlgren, como representante da Presidência rotativa da UE, pediu para que esses dois países assumam um compromisso obrigatório para reduzir suas emissões, dentro de um acordo resultante das negociações da Cúpula da ONU sobre Mudança Climática (COP15) em Copenhague.

Segundo Carlgren, se o único mecanismo obrigatório ao término da conferência continue sendo o texto de Kyoto, “não será possivel alcançar um acordo” que permita lutar de forma eficaz contra a mudança climática.

O comissário do Meio Ambiente europeu, o grego Stavros Dimas, insistiu em que essa proposta não quer “matar o Protocolo de Kyoto, mas salvá-lo”, e explicou que a UE lutou para que outros países assinassem o documento.

“Se esse instrumento se mantiver como está, não servirá para fazer o que é necessário fazer”, declarou Dimas, em alusão ao objetivo da ONU de manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2ºC em relação ao nível de 1900.

Hoje, Carlgren alertou que, se as negociações na COP15 continuarem no ritmo atual, não será possível conseguir “o que deve ser conseguido” na próxima semana, quando chegam à Dinamarca mais de 100 chefes de Estado e de Governo.

No entanto, expressou sua confiança em que a chegada neste fim de semana dos ministros dos 192 países da cúpula possa acelerar o ritmo do processo para chegar à conquista política que os negociadores técnicos não estão conseguindo.

“Os objetivos que estão sobre a mesa são muitos baixos. Estados Unidos e China, principalmente, têm que fazer mais para que se consiga o acordo que é necessário para o planeta”, afirmou Carlgren


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Protocolo de Kyoto não é suficiente na luta contra mudança climática, diz UE