Os jogadores da Bolívia ratificaram hoje a
decisão de renunciar à seleção nacional até que sejam promovidas
profundas mudanças no futebol do país, e com isso a próxima partida
pelas Eliminatórias, contra o Brasil, pode não acontecer.

O secretário-executivo da Federação de Jogadores Agremiados da
Bolívia (Fabol), Milton Melgar, confirmou a medida e assegurou à
Agência Efe que os atletas ainda não sabem se enfrentarão a seleção
brasileira no dia 11 de outubro, em La Paz.

O sindicato, que reúne todos os jogadores bolivianos que atuam no
país e no exterior, exigiu que o governo de Evo Morales e a
Federação Boliviana de Futebol (FBF) ofereçam maior ajuda econômica
aos clubes e fiscalizem suas atividades.

“Manteremos nossa postura até percebermos uma mudança real”,
afirmou Melgar, que também classificou como “muito fria” uma
proposta da FBF de criar uma comissão para analisar a situação do
futebol boliviano.

A necessidade de mudanças foi levantada pelo técnico da seleção
nacional, Erwin Sánchez, após a derrota por 3 a 1 para o Equador que
deixou a equipe sem chances de ir à Copa.

Dias depois, o presidente Morales apresentou a “estatização” do
futebol do país como solução “para ter uma representação digna”.


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Protesto de jogadores bolivianos põe em risco partida contra o Brasil