O grande número de ameaças de morte a Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, assim como um aumento dos crimes de ódio registrado no país, tem sobrecarregado o Serviço Secreto (SS) americano, encarregado da proteção do líder.
Um relatório interno do Congresso dos EUA, ao qual o jornal The Boston Globe teve acesso, aponta que Obama começou a receber proteção do SS 18 meses antes das eleições, sendo o presidente que mais cedo obteve a ajuda do organismo na história do país e também o que mais recebeu ameaças de morte desde que se elegeu.
Um recente estudo do Southern Poverty Law Center aponta que os crimes de ódio nos EUA aumentaram em 35% desde 2000, de 602 para 926, e destaca que a eleição de Obama agravou o fenômeno.
Além de ser responsável pela segurança do presidente e dos líderes máximos do país, o SS investiga crimes financeiros, como falsificações, que fazem parte das tarefas que foram atribuídas ao organismo inicialmente.
No entanto, segundo o relatório, atualmente, essas atividades são deixadas de lado para o organismo se concentrar na segurança do presidente e de outros líderes americanos e para evitar tanto tentativas de assassinato quanto ataques terroristas a grandes reuniões nacionais e internacionais.
Em seu relatório, o Congressional Research Service aponta que, ao avaliar as atuais tarefas do SS, chegou à conclusão de que esta mistura de funções pode ser “ineficaz” e contempla a possibilidade de transferir algumas dessas atividades para outros órgãos.
Edwin Donovan, agente especial e porta-voz do SS, confirmou ao jornal que “não há dúvida de que a missão de proteção (ao presidente) aumentou”.