A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação oficial chegou ao centro da meta estabelecida pelo governo de 4,5%. A informação consta do boletim Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central (BC) com base em estimativas dos analistas para os principais indicadores da economia.
A inflação oficial é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que na previsão anterior dos analistas ficaria em 4,42% neste ano. Para 2010, a projeção dos analistas é que o IPCA chegue a 4,40% e não mais em 4,33%.
A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, e pelo BC. A meta, válida para 2009 e 2010, tem como centro 4,5% e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior é de 2,5%.
Cabe ao BC perseguir essa meta de inflação. Para isso, a autoridade monetária usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Quando o BC considera que a inflação está em alta, aumenta os juros e o inverso ocorre quando os preços estão em baixa, com estímulo à atividade econômica.
Os analistas mantiveram a previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC só irá alterar a Selic este ano mais uma vez, na reunião deste mês marcada para os dias 21 e 22. A expectativa é de que os juros básicos saiam dos atuais 9,25% ao ano para 8,75% ao ano. Ao final de 2010, a Selic terá subido para 9,25% ao ano, na projeção dos analistas.
A previsão para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2009 caiu de 1,35% para 0,95%. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa foi ajustada de 0,89% para 0,50%.
Na capital paulista, o Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) deve ficar em 4,10% e não mais em 4,13%. Para 2010, as projeções para os três índices foram mantidas em 4,5%.
A expectativa para os preços administrados passou de 4,33% para 4,30% neste ano e de 3,90% para 3,80% em 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros).