Cenas de atropelamento, pessoas pegando fogo, lutas emocionantes, saltos de carros em movimento e explosões. Tudo isso normalmente faz parte de telenovelas e filmes, mas como os atores não têm treinamento suficiente ou simplesmente não aceitam fazer algumas cenas, os dublês entram em ação.

A equipe Dublês Brasil conta com uma equipe de três coordenadores de ação, oito precision-drivers, três técnicos em efeitos especiais e 18 dublês. Anderson de Souza, coordenador da equipe, conta como começou: “Comecei em uma equipe em 1996 e em 1999 montei a Dublês Brasil. Antes disso eu trabalhava como Técnico em Informática”.

Por isso, ele afirma que qualquer pessoa com mais de 18 anos pode se tornar um dublê, desde que esteja apta a praticar esportes. “O treinamento básico dura seis meses. Nesse período o aluno terá a vivência prática em todas as áreas que o dublê atua. Após esse período, ele deverá escolher a área que melhor se identificar, intensificando os treinamentos. Um dublê preparado para atuar em todas as áreas leva cerca de dois anos de treinamentos.”

Indagado sobre quais as cenas mais difíceis de fazer, ele diz: “Normalmente onde não é possível prever o que vai acontecer acaba sendo mais difícil e arriscado. Um exemplo é a cena que envolve animais, como queda de cavalo, cenas de batalha campal, dublê sendo arrastado por cavalo, etc. O fato de não poder prever a reação do animal no momento da ação acaba exigindo uma atenção e preparo maior do dublê”.

Quanto aos equipamentos utilizados para os efeitos especiais (como explosões), Anderson conta que os artigos são controlados e somente comercializados com autorização do exército, além de só poderem ser adquiridos por técnicos em efeitos credenciados. “Também utilizamos normalmente equipamentos de proteção individual na prática de esportes (lutas, automobilismo, ciclismo, motociclismo)”, conclui.


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