Após a redução dos juros pelo Banco Central, a expectativa no Brasil era para os números da atividade industrial do país em março. Isso porque, existe a necessidade de saber se a economia do país já está reagindo aos sucessivos cortes da taxa Selic desde o agravamento da crise financeira internacional. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o mês de levantamento, houve uma ligeira alta 0,7% na comparação com fevereiro e uma retração de 10% na comparação com o mesmo março do ano passado. O resultado está dentro das expectativas dos analistas, mas mostra que o primeiro trimestre de 2009 foi o pior desde 1991, com queda 14,7% na comparação anual. O recuo na fabricação de automóveis, de 27,2% nos três primeiros meses ano contribuiu para os números negativos.
O lado positivo é que março foi o terceiro mês consecutivo de alta na produção industrial do país. Agora, a atividade do setor nos últimos 12 meses acumula queda de 1,9%. Mas, apenas nos últimos seis meses o recuo foi de 16,7%, pior resultado desde 1990, quando a retração no mesmo período ficou em 19,8%.
O fato dos números divulgados pelo órgão governamental ter ficado dentro das expectativas do mercado mostram que, supostamente, a indústria está com reação dentro do previsto com a nova política de juros no Brasil. No entanto, ainda deve demorar alguns meses para que o setor sinta um impacto mais efetivo das sucessivas reduções da taxa Selic.
Um dos aspectos que apontam para uma provável recuperação da produção industrial no Brasil é a comparação dos números entre os mesmos meses de anos anteriores. Nesta base, os resultados apresentam queda desde novembro, mas o recuo de março, 10%, foi menor do que o de dezembro (14,8%), janeiro (17,4%) e fevereiro (17%).
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