Keith Flint, Maxim Reality e Liam Howlett não tem uma discografia tão longa quanto os Rolling Stones. Eles não são tão cultuado quanto os Beatles, não são tão bonitos como o Led Zeppelin e sequer tão técnicos como a Jimi Hendrix Experience. Mas eles são tão importantes para a música de hoje como qualquer um dos ícones citados acima.

O Prodigy nasceu em Essex em 1990, no meio da morosidade gótica e do EBM que tomava conta das festas underground inglesas na virada da década, chegou chutando a porta com sua fusão explosiva de breakbeat, industrial e da própra eletronic body music, criando um caldeirão que entrava em ebulição com a mistura em meio a intensa energia punk do grupo.

As raves, aquelas sim ilegais, intensas e provocativas, serviram de plataforma para a projeção do grupo fora do circuito proibido da Inglaterra dos anos 90, catapultando a fúria do grupo para a iminente entrada no mainstream. O ponto de virada na carreira do Prodigy chegou em 1994, com o lançamento do clássico Music For The Jilted Generation e com uma indicação recebida para os prêmios Mercury.

E o trio, nessa época já com a formação consolidada em Flint, Maxim e Howlett, não parou mais de alçar vôos altos. A cada dia a crítica aclamava mais e mais o grupo britânico que empurrou de uma vez por todas a música eletrônica goela abaixo dos roqueiros mais puritanos, especialmente depois do lançamento de The Fat of The Land.

O maior sucesso comercial da banda foi cercado de polêmica, de boicotes, de proibicões de vídeos e de críticas vorazes por parte dos “acabrestados” que não conseguiam perceber a expansão musical que o grupo proporcionou à sonoridade dos anos 2000. Depois deste disco, as fronteiras entre o rock e a eletrônica cairam por terra de vez e pavimentaram a avenida por onde correm hoje centenas (para não arriscar milhares) de bandas do rock alternativo, da tal “new rave” e dos estilos eletrônicos hardcore.

Agora o trio está de volta ao Brasil, com um disco absolutamente irretocável e dois shows para sacudir as estruturas das capitais paulista e fluminense. São Paulo recebe o Prodigy hoje no Via Funchal e o Rio de Janeiro festeja com o trio neste sábado no Citibank Hall.

SERVIÇO

Prodigy em São Paulo

Quando: 23/10/09
Onde: Via Funchal – Rua Funchal, 65
Quanto: R$ 180 (pista), R$ 300 (mezanino), R$ 350 (pista VIP)e R$ 400 (camarote)
Ingressos: No www.ticketmaster.com.br ou nas bilheterias da casa
Classificação: 15 anos

Prodigy no Rio de Janeiro

Quando: 24/10/09
Onde: Citibank Hall – Av.Ayrton Senna, 3000 – Cj. 1005 – Barra da Tijuca
Quanto: R$ 150 (pista), R$ 200 (poltrona), R$ 250 (pista VIP) e R$ 300 (camarote)
Ingressos: No www.ticketmaster.com.br ou nas bilheterias da casa
Classificação: 15 anos


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