À espera de uma extradição para os Estados Unidos, o diretor Roman Polanski pode estar correndo o risco de enfrentar novas acusações e ter sua situação ainda mais complicada do que em 1978, quando deixou o país para não ser preso.

Naquela época, o cineasta respondia a um processo por sexo ilegal com uma menor, crime que ele admitiu ter cometido um ano antes. Agora, no entanto, o procurador do condado de Los Angeles, Steve Cooley, já sugere que o processo pode ser mudado, transformando a acusação em estupro e sodomia.

“Há ainda cinco ou seis acusações muito mais sérias pendentes, que precisam ser resolvidas. E elas não estarão resolvidas até que ele seja finalmente sentenciado”, declarou Cooley à emissora de TVG KCAL, de acordo com o jornal New York Times.

E, como lembrou o diretor de cinema australiano Phillipe Mora, em entrevista ao jornal Australian Age, Polanski não é o primeiro famoso a cair nas garras de Cooley.

O procurador já foi o responsável pelas condenações da atriz Winona Ryder, por roubo, e do produtor Phil Spector, por assassinato. Ele também acusou Robert Blake de ter atirado em sua esposa, mas o ator foi declarado inocente.

“Esse é um modo de ganhar votos. Cooley tem um histórico de perseguição às celebridades; a plataforma para sua eleição foi de que ele ‘pegaria essas pessoas’ e mostraria que elas não estavam acima da lei”, disse Mora.

Com sua situação ainda indefinida, oito dias após sua prisão em Zurique, na Suíça, Polanski já se prepara para a possível extradição. Ele já teria inclusive contratado Reid Weingarden, um experiente advogado de Washington, com muitas conexões políticas.

Os Estados Unidos tem 60 dias para solicitar formalmente o pedido de extradição de Roman Polanski, mas ainda não o fez.


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Procurador de Los Angeles sugere que situação de Polanski pode se complicar

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