O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil contará em 2021 com seu primeiro submarino de propulsão nuclear, que será construído em cooperação com a França e só estará equipado com armamento convencional.
O programa de cooperação inclui a construção de outros quatro submarinos convencionais e representa gastos de quase US$ 9 bilhões dos cofres públicos brasileiros, explicou o ministro durante um comparecimento ao Congresso.
Jobim destacou que o acordo com a França tem como condição a transferência de toda a tecnologia nuclear relativa aos navios, o que, em sua opinião, significa um “enorme salto” de qualidade para a indústria naval brasileira.
“Muitas empresas nacionais que fabricam cascos, bombas, sistemas hidráulicos e de ar comprimido, entre outras, experimentarão um inquestionável desenvolvimento tecnológico”, afirmou o ministro.
Do ponto de vista da defesa, Jobim destacou a capacidade de dissuasão que a Marinha brasileira ganhará.
O ministro citou como exemplo que, durante a Guerra das Malvinas, disputada em 1982 entre Argentina e Reino Unido, a marinha do país europeu “intimidou” as forças navais argentinas apenas com a presença de um submarino nuclear que sequer chegou a entrar em combate.