O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, apoiou hoje o esporte como arma diplomática para estreitar relações entre diferentes países e promover a fraternidade e a paz mundial.
As declarações do governante ocorrem poucos dias depois de as principais equipes de futebol da nação anunciarem um histórico projeto para jogar nos Estados Unidos, país cujas relações diplomáticas estão rompidas há 30 anos.
“O status do esporte na Ásia deve estar sempre no máximo nível internacional”, comentou Ahmadinejad durante uma recepção ao presidente do Comitê Olímpico Asiático, o xeque kuwaitiano Ahmad al-Fahd al-Ahmad al-Sabah.
Esta semana, o presidente do clube Persépolis, um dos dois grandes do Irã, anunciou que a equipe realizará uma excursão por território americano, e entre as partidas pode estar incluído o clássico diante do Esteghlal, também de Teerã e seu maior rival.
O confronto entre as duas equipes, que estão entre as mais importantes da Ásia, leva multidões ao estádio Azadi da capital iraniana. O presidente americano, Barack Obama, recentemente enviou uma mensagem de conciliação ao povo iraniano em lembrança das comemorações pelo ano novo persa.
EUA e Irã romperam relações em abril de 1980, uma vez consolidado o triunfo da revolução islâmica que derrubou o regime autocrático do último Xá da Pérsia, o pró-ocidental Mohamad Reza Pahlevi. Desde então, o único grau de relação entre os dois países foi por meio do esporte, especialmente na luta livre.
No futebol, esporte favorito do presidente iraniano, o país se orgulha de ter obtido sua primeira vitória em Copas do Mundo justamente contra os americanos, por 2 a 1, no ano de 1998, na França.
Em janeiro de 2000, as equipes se enfrentaram na cidade de Pasadena, na Califórnia, e não passaram de um empate em 1 a 1.