O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou nesta quarta-feira (12) a representação do PMDB contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), por quebra de decoro parlamentar. Para determinar o arquivamento, Duque argumentou que o ressarcimento dos gastos após a denúncia anula o crime.
A representação do PMDB contra o líder tucano tinha como base a existência de um funcionário fantasma no gabinete do senador do PSDB. Ele recebeu salários enquanto estudava no exterior. Arthur Virgílio está fazendo o ressarcimento aos cofres do Senado do dinheiro pago ao funcionário.
Ao arquivar a representação, Paulo Duque argumentou que os fatos relatados [na representação] não configuram ilícito ou já tem extinta a sua punibilidade. Ele justificou, ainda, que não foi apresentado o documento junto à representação, que comprovasse a legitimidade dela para a abertura de processo contra o parlamentar amazonense.
Logo após ser informado da decisão do presidente do conselho, o senador Arthur Virgílio reagiu afirmando que tiraram um bode da sala. Segundo ele, essa ação era uma atitude de pressão contra o meu partido e de chantagem pessoal contra mim.
O líder tucano negou que tenha feito algum tipo de acordo para que a representação fosse arquivada. Eu não tenho acordo nenhum e considero que apenas me livrei de uma injustiça brutal, de uma violência que não poderia dar em outra coisa. Teria que haver justiça, afirmou.
Com o arquivamento da representação contra Virgílio, já são 12 os arquivamentos de denúncias e representações feitas ao Conselho de Ética. Desses, 11 arquivamentos foram de denúncias e representações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).