O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,07% em novembro, depois de ter registrado deflação de 0,04% um mês antes. Conforme dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice acumula no ano deflação de 1,32% e, nos 12 meses fechados em novembro, de 1,76%.
No atacado, os preços caíram 0,04%, menos do que o verificado em outubro (-0,08%). O indicador registrou aumento na taxa de bens finais (de 0,08% para 0,43%), puxados pelos alimentos in natura, cuja taxa passou de 3,11% para 2,08%.
Os bens intermediários continuaram em queda, tendo passado de 0,03% para -0,31%, com a influência de materiais e componentes para manufatura (de 0,15% para 0,08%).
Os preços das matérias-primas brutas também tiveram deflação mais intensa (de 0,16% para 0,25%). As principais contribuições partiram de suínos (de 12,47% para 1,16%), bovinos (de 0,22% para 2,12%) e mandioca (de 12,48% para 0,69%).
O Índice de Preços do Consumidor (IPC), outro componente do IGP-DI, teve alta de 0,26%, maior do que a elevação do mês anterior (0,01%). O movimento foi influenciado pelo comportamento de quatro das sete classes de despesa, que apresentaram acréscimos nas taxas de variação. A principal influência veio do grupo alimentação (de -0,95% para 0,27%), com destaque para as frutas (de 8,25% para 2,59%). Também subiram os preços de vestuário (de 0,29% para 0,92%); educação, leitura e recreação (de 0,11% para 0,29%) e despesas diversas (de 0,19% para 0,05%).
Os preços diminuíram em habitação (de 0,51% para 0,26%); transportes (de 0,75% para 0,22%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,23% para 0,06%).
O levantamento aponta, ainda, que também contribuiu para a alta do IGP-DI o aumento da taxa do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que registrou em novembro crescimento de 0,29%, acima do resultado do mês anterior (0,06%). Houve elevação em materiais e equipamentos (de 0,01% para 0,15%) e mão de obra (de 0,02% para 0,40%). Já a taxa do grupo serviços apresentou redução, de 0,51% para 0,35%.
Para o cálculo do IGP-DI, foram coletados preços entre os dias 1º e 30 de novembro. O índice mede o comportamento de preços em geral da economia. Segundo a FGV, a disponibilidade interna é a consideração das variações de preços que afetam diretamente as atividades econômicas no território brasileiro.