Quando você precisa passar um recado ou falar com alguém, mas os seus créditos do celular estão acabando, nada melhor do que mandar um torpedo. O envio de SMS também é uma solução para casos em que não se quer incomodar a pessoa com um telefonema, apenas uma rápida mensagem.
No entanto, por essa prática tão comum no Brasil, o consumidor paga o maior preço entre os países da América Latina. A constatação é de uma pesquisa realizada pela União Internacional de Telecomunicações, divulgada nesta semana na Suíça.
Os dados são referentes ao ano de 2006 e as operadoras brasileiras dizem que o preço é elevado pois o serviço é pouco utilizado. De acordo com estimativas, apenas 5% do orçamento destas empresas tem origem nos chamados torpedos, que são muito utilizados por jovens. Por conta da baixa demanda, as operadoras afirmam que preferem investir em serviços de voz.
Em reportagem veiculado no jornal Bom Dia Brasil, da rede Globo, o consultor em telecomunicações, Eduardo Tude, disse que a diferença de preço pode chegar até a 80%. O valor unitário é em torno de R$ 0,30, R$ 0,35. Em alguns países o preço é de somente R$ 0,01. É claro que o preço menor aumenta a utilização.
Só que as operadoras que atuam no Brasil trabalham com um perfil de consumidor que gosta de falar ao telefone, sem ter o hábito de trocar mensagens. É por conta disso que os planos e tarifas promocionais acabam priorizando as ligações, além de serem muito mais rentáveis.
Para o diretor comercial da TIM, Mansur Trad, o brasileiro tem uma cultura muito forte de promoção, seja ela em minutos ou para SMS. Depende da promoção e do pacote contratado, ele terá direito a mensagens por um valor bem inferior ao dos telefonemas.
Já um levantamento da Vivo mostrou que 73% dos estudantes do ensino médio usam o celular com frequência para enviar e receber torpedos. Graças ao SMS, as pessoas acabam usando mais o celular e acabam falando na mensagem o que não teriam coragem de falar por voz. Os brasileiros estão percebendo essa vantagem e aos poucos se comportam como os outros países da América Latina, disse o diretor de produtos da operadora, Alexandre Fernandes.
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