Os depósitos em cadernetas de poupança foram maiores do que as retiradas no mês de junho, o que gerou a captação líquida positiva de R$ 2,089 bilhões, a maior deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC).

Foi a terceira vez no ano em que há registro de captação líquida positiva. Em fevereiro, a captação líquida havia sido de R$ 751,395 milhões e em maio, de R$ 1,880 bilhão. Nos meses de janeiro (R$ 486,630 milhões), março (R$ 846,803 milhões) e abril (R$ 941,549 milhões) a captação líquida ficou negativa.

No mês passado, os depósitos somaram R$ 82,622 bilhões e as retiradas R$ 80,533 bilhões. Em junho, o saldo da poupança chegou a R$ 282,189 bilhões.

Com a divulgação destes dados, o governo aumenta sua preocupação para alterar as regras da poupança. A procura pelo investimento aumentou a partir do momento que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a intenção de taxar aplicações acima de R$ 50 mil a partir do ano que vem. A proposta não afetaria a maioria dos pequenos investidores, já que, segundo ele, 99% dos poupadores não têm saldo acima do limite proposto para tributação.

Uma das preocupações da equipe econômica é que com a maior rentabilidade da poupança, haveria mais dificuldades do Tesouro Nacional vender seus títulos públicos, pois os grandes investidores poderiam buscar diretamente a rentabilidade e segurança de outra aplicação. O grande problema é que o governo depende da emissão de novos títulos para pagar aqueles papéis que estão vencendo, como é conhecida a rolagem da dívida pública.


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Poupança volta a registrar mais depósitos do que retiradas

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