A captação líquida (diferença entre depósitos e saques) de recursos de caderneta de poupança caiu no mês de agosto, mas registrou a segunda maior captação do ano e o quarto mês de saldo positivo.
Os depósitos superaram as retiradas em R$ 3,098 bilhões. No mês de julho, a captação líquida havia sido de R$ 6,672 bilhões, o maior valor para meses de julho desde o início do Plano Real, em 1994.
Segundo o Banco Central, em agosto, os depósitos somaram R$ 83,689 bilhões e os saques, R$ 80,590 bilhões. No mês passado, o rendimento da caderneta foi de R$ 1,515 bilhão e o saldo estava em R$ 295,951 bilhões.
O relatório do Banco Central tem por base dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que destina recursos ao setor imobiliário e da poupança rural.
No caso do SBPE, o captação foi de R$ 1,514 bilhão, com depósitos no total de R$ 71,440 bilhões e retiradas de R$ 69,925 bilhões. A captação líquida da poupança rural foi de R$ 1,584 bilhão, resultado da diferença entre depósitos de R$ 12,248 bilhões e saques de R$ 10,664 bilhões.
A caderneta de poupança é remunerada pela Taxa Referencial mais 0,5% ao mês e não cobra taxa de administração.
Novas regras
No dia 13 de maio deste ano, o governo anunciou uma medida, que ainda não está em vigor, para evitar a migração de grandes investidores de fundos de investimento para a caderneta de poupança. Houve esse temor porque, com as reduções da taxa básica de juros, que remunera títulos públicos integrantes da cesta de aplicações dos fundos de investimentos, a poupança está mais atrativa, já que não é tributada.
Pela nova regra, será descontado Imposto de Renda do rendimento de poupança que exceder R$ 50 mil. De acordo com o governo, atualmente apenas 1% dos poupadores aplica mais do que R$ 50 mil na caderneta.