A poluição na capital iraniana ultrapassou os limites toleráveis e é a causa da morte de 5 mil pessoas ao ano, advertiu nesta segunda-feira o centro iraniano de controle de qualidade do ar.

Em declarações divulgadas pela televisão estatal, o diretor Yousef Rashifi, alertou que o ar respirado na capital iraniana se transformou em um dos mais nocivos do mundo para o ser humano, acima de países como a Índia e Bangladesh.

“O nível de substâncias prejudiciais em suspensão deveria estar em nível de Euro-3 e Euro-4, mas na atualidade dificilmente se chega ao nível Euro-2”, explicou.

Neste sentido, o analista criticou com dureza os governantes de Teerã, que não fizeram o suficiente para alcançar os objetivos. Como exemplo, assinalou que “os responsáveis em Teerã, supostamente, deviam ter colocado 20% dos postos de gasolina ao nível Euro-4. Os recentes estudos realizados indicam que os postos de gasolina estão longe de cumprir o esperado. Não podemos medir o nível de alguns componentes poluentes porque não contamos com os meios adequados”, admitiu.

Mohamad Hadi Heydarzadeh, assessor do meio ambiente da Prefeitura de Teerã e diretor do comitê de qualidade do ar da capital, advertiu que a situação “é crítica” na cidade de 14 milhões de habitantes. Segundo Heydarzadeh, a quem cita a agência estudantil de notícias Isna, a contaminação em Teerã durante 2009 superou em 38 vezes o nível mundial e é a causa da morte de 5 mil pessoas ao ano.

Uma das medidas adotadas pela Prefeitura foi restringir o acesso dos veículos ao centro da capital, e impor um sistema de rodízio de carros para entrar em certos bairros.

A empresa americana NYC Partnership Consulting publicou um relatório no qual Teerã aparece na 29ª das cidades mais contaminadas e sujas do mundo, levando em consideração todos os fatores de salubridade pública. O relatório apontou Baku, capital do Azerbaijão, como a cidade mais suja da Terra.


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Poluição em Teerã chega a "nível crítico" e mata 5 mil ao ano

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