Em nota divulgada no final da tarde, o Superior Tribunal de Justiça informou que a Operação Caixa de Pandora, realizada nesta sexta-feira pela Polícia Federal para cumprir 22 mandados de busca e apreensão na residência e no escritório de deputados distritais, secretários do primeiro escalão, além da casa do próprio governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, tem por objetivo “coletar provas sobre suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do governo do Distrito Federal”.

Os mandados de busca e apreensão envolviam 16 pessoas físicas e jurídicas e a expedição dos mandados encerrou o segredo de Justiça que permeava o inquérito, e foram apreendidos documentos e computadores em gabinetes e casas de deputados distritais e secretários do primeiro escalão do governo, além da residência oficial de José Roberto Arruda, em Águas Claras, e na sede do governo distrital, em Taguatinga.

O secretário de Educação, José Luiz Valente, confirmou que os policiais passaram no palácio do Buriti e Buritinga, e em sua casa, apreendendo documentos e computadores, algo que também ocorreu com o deputado Leonardo Prudente (DEM), presidente da Câmara Legislativa. Após a apreensão dos documentos e computadores, Arruda convocou uma reunião de emergência com os secretários de governo, para discutir o caso.

Policiais federais passaram, também, por um imóvel em Goiânia e em dois em Belo Horizonte, sempre acompanhados por representantes do Ministério Público Federal. O esquema teria sido revelado pelo delegado de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, ex-delegado da Polícia Civil, que concordou em gravar um caso envolvendo corrupção, durante encontro com o próprio governador no último dia 21 de outubro, em troca do benefício da delação premiada.


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Polícia Federal apura caso de corrupção no governo do DF

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