Os direitos dos homossexuais avançam em boa direção na América Latina, sobretudo no Brasil, na Argentina e no México, segundo especialista que participaram em um seminário em Los Angeles (EUA). Realizado nesta quinta (12), além de discutir a homossexualidade na América Latina, o evento afirmou que a pobreza e o conservadorismo religioso dificultam o caminho rumo à igualdade plena.

A igualdade de direitos para gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais na América Latina é o foco do seminário Arco Mundial da Justiça, aberto ontem e no qual especialistas analisarão os avanços do assunto até sábado (14).

Um dos problemas da comunidade LGBT na região, destacaram os debatedores, é a rejeição promovida por organizações religiosas, muito presentes na América Latina.

Para os participantes do seminário, o desenvolvimento de leis para a proteção dos direitos dos homossexuais melhorou significativamente, especialmente em países como o Uruguai e a Colômbia. Mas, segundo os especialistas, ainda há muito a fazer.

Entre os assuntos que serão tratados na conferência estão o combate das autoridades à homofobia; o reconhecimento legal às uniões entre pessoas do mesmo sexo; a luta contra a AIDS e a revogação das leis de sodomia nas antigas colônias britânicas.

“Nos últimos anos, os países da América Latina deram um passo gigante no reconhecimento dos direitos dos homossexuais”, disse Brad Sears, diretor-executivo do Instituto Williams, pertencente à University of California – Los Angeles (UCLA), organizadora do simpósio.


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Pobreza e religião impedem avanço de direitos gays na América Latina