A Polícia Federal não identificou nenhum grampo telefônico relacionado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Para os delegados William Morad e Rômulo Berredo, responsáveis pelo inquérito aberto há dez meses, nada foi encontrado e, por isso, não houve crime. O resultado oficial do inquérito deve ser divulgado nos próximos dias.

Portanto, ao que tudo indica, o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, não deverá ser indiciado. O mesmo acontece com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A Satiagraha foi conduzida por Protógenes e, em julho do ano passado, prendeu o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.

O inquérito sobre o suposto grampo foi instaurado em setembro, por pressão de Gilmar Mendes. Na época, o ministro, indignado com o fato de supostamente estar sendo monitorado, chegou a cobrar uma providência do presidente Lula.

Protógenes Queiroz foi afastado da Polícia Federal e Paulo Lacerda, então diretor da Abin, deixou o posto motivado pela pressão exercida por Gilmar Mendes.


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PF não identifica grampo telefônico em inquérito da Satiagraha

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