A queda nas taxas de juros está diminuindo a rentabilidade de investimentos tradicionais e conservadores. Com isso, as pessoas físicas começam a buscar alternativas para ampliar seus ganhos, mesmo que isso implique em assumir riscos maiores. Por conta disso, é cada vez maior o número de investidores individuais na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa).
De acordo com dados divulgados pela bolsa, e publicados no jornal O Estado de S. Paulo, no final de outubro existiam 555 mil pessoas físicas registradas, o que representa o maio nível da história. Esse total já representa 30% de todo o volume de negociações do mercado acionário brasileiro.
“As pessoas físicas são hoje a menina dos olhos para empresas, corretoras e outros agentes do mercado”, disse o diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, ao jornal paulista. Ele revelou que o objetivo da Bolsa é atingir o total de 5 milhões de investidores individuais em cinco anos.
Foram os investidores internos que evitaram uma queda maior do mercado nacional durante a crise e também foram eles que colaboraram com uma rápida recuperação desde o início do ano. Neste período, os estrangeiros haviam deixado o país praticamente em massa.
Para especialistas, a pessoa física que aplica na Bolsa tem uma visão de longo prazo e por isso são mais fiéis. Ao manterem suas posições de investimento, colaboraram para que o valor das ações das empresas não caíssem tanto quanto era esperado.