O abacate pode virar uma nova fonte de biodisel de acordo com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Estudos mostraram que o abacate apresenta vantagem em relação à soja, já que, além do óleo extraído da polpa, é possível obter álcool etílico do caroço. Ainda segundo os pesquisadores, teoricamente é possível extrair entre 2,2 mil e 2,8 mil litros de óleo por hectare de abacate, contra 550 litros da soja, cerca de mil litros da mamona e até 940 do girassol. Já do caroço do abacate, é possível conseguir até 74 litros de álcool por tonelada. Nesse quesito, porém, a cana-de-açúcar ganha: fornece 85 litros de álcool por tonelada, enquanto a mandioca fornece 104 litros por tonelada.

Apesar da grande produção de abacate no Brasil – o País é o terceiro produtor mundial, com cerca de 500 milhões de unidades por ano – o óleo do abacate ainda é importado, pela falta de tecnologias adequadas para o processamento. O principal obstáculo para obtenção do óleo é o alto teor de umidade – o abacate tem 75% de água, em média -, que afeta o rendimento da extração. O maior desafio da pesquisa foi exatamente aperfeiçoar as metodologias de extração para obter melhor rendimento.
Mas o mercado é promissor, já que o litro de óleo de soja sai por R$ 1,20. Como é preciso adicionar álcool anidro, o gasto sobe mais R$ 0,74 por litro. Como também é possível extrair álcool do abacate, o custo tende a ser menor.


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Pesquisadores produzem biodiesel de abacate

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