Os americanos Elizabeth H. Blackburn, Carol Creider e Jack W. Szoztak ganharam o prêmio Nobel de Medicina 2009 por suas pesquisas sobre o envelhecimento das células e sua relação com o câncer.
O Instituto Karolinska, em Estocolmo, destacou nesta segunda-feira (5) que os três cientistas, especializados em biologia molecular e genética, foram premiados por descobrirem que os telômeros e a enzima telomerase desempenham um papel crucial na divisão e no envelhecimento das células, protegendo os cromossomos.
Em cada divisão celular, os telômeros, as partes mais externas de um cromossomo, formam um anel protetor que vai ficando menor à medida que a mitose avança.
Esse anel perde espessura progressivamente, até o ponto em que deixa de proteger a célula e esta para de se dividir ou morre. É aí em que a enzima telomerase entra em ação, evitando que os telômeros percam tamanho.
O processo tem efeitos positivos para as células “boas”, mas negativos para as “ruins”. Ao evitar a morte das células, inclusive das cancerígenas, pode-se dizer que a enzima estimula o crescimento dos tumores.
“Os descobertas de Blackburn, Greider e Szostak acrescentaram uma nova dimensão à compreensão da célula, jogaram luz sobre os mecanismos de doenças e estimularam o desenvolvimento de potenciais novos tratamentos”, destacou o Instituto Karolinska.
O prêmio Nobel de Medicina é de dez milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão). Como os Nobel de outras categorias, será entregue em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.