Mesmo com a crise que atingiu intensamente as economias de todo o mundo no final do ano passado, o cenário salarial no país não foi afetado. A constatação vem de um estudo da Watson Wyatt, empresa de assessoria de planos de aposentadoria.
As informações fazer parte da 7ª Pesquisa de Remuneração Total. Ela foi realizada com mais de 300 mil profissionais de todos os níveis hierárquicos em maio deste ano. Participaram 234 empresas, sendo a maior parte delas com sede em São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo o levantamento, entre maio de 2008 e de 2009, a média dos reajustes salariais ficou em 6,75%, contra uma inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,8%. Entre aqueles que mudaram de posição, o aumento salarial foi ainda maior.
A pesquisa mostra também que salário-base dos cargos foi mantido nessa comparação anual. Mas, para os casos de reajuste coletivo, a alta salarial ficou de 1,5% a 2% acima da inflação. Sobre os próximos reajustes, apenas 8% entrevistados acreditam que a reposição será menor que a inflação.
Segundo a Watson Wyatt, as companhias esperam ampliar suas folhas de pagamento entre 6,1% e 8% para o próximo ano. Esse reajuste leva em consideração os acordos coletivos, méritos, enquadramentos e promoções.
Por outro lado, ficou claro na pesquisa que os cargos mais elevados sofrearam com a crise. 16,7% delas não concederam nenhum tipo de reajuste para seus executivos. A maior parte de aumento salarial dos altos funcionários foi abaixo da inflação.