O Brasil será o primeiro país da América Latina a sair da crise econômica mundial, enquanto o México será o último, de acordo com um estudo realizado pelo Grupo de Diários América (GDA) e divulgado hoje pelo jornal mexicano El Universal.
A análise do GDA, consórcio formado por onze jornais de diferentes países da região, aponta que a economia brasileira deve crescer 0,33% neste ano, sendo a única da América Latina que terá variação positiva.
A economia mexicana, por sua vez, registrará queda de 7,2% em relação ao ano passado. Na Colômbia, a variação será nula, mas o Produto Interno Bruto (PIB) do Chile, da Costa Rica e da Venezuela também terão retração, de 1,2%, 1,3% e 1%, respectivamente.
O estudo explica que este panorama é um reflexo das relações comerciais que cada nação mantêm.
Os países que possuem um alto índice de importação e exportação com a China, como o Brasil, terão uma recuperação mais rápida do que os que têm estreitos vínculos com os Estados Unidos — epicentro da crise econômica –, como o México.
A publicação mexicana destacou também que foram poucos os incentivos para reativar a economia do país. Segundo o El Universal, as medidas anunciadas pelo governo mexicano no início da crise foram “curtas, na prática”.
“Nos primeiros sete meses do ano, o gasto total de investimento físico subiu a US$ 20,7 bilhões, a metade do previsto inicialmente”, ressaltou o jornal.
Ainda de acordo com o El Universal, o México e o Chile demorarão anos para chegar ao nível em que estavam antes do colapso financeiro. No Brasil e no Peru, no entanto, isto levará aproximadamente cinco trimestres.