Paulo Maluf, o emblemático ex-prefeito de São Paulo, está no Twitter

Poucos sabem, mas Paulo Maluf está no Twitter (twitter.com/paulosalimmaluf). O emblemático ex-prefeito de São Paulo, hoje deputado federal pelo Partido Progressista (PP), tem tudo para seguir os passos do colega José Serra (PSDB), governador de São Paulo, e arrastar milhares de seguidores.

Maluf entrou no microblog de maneira discreta há quase dois meses. Entre agradecimentos aos eleitores e esclarecimentos à sociedade, o deputado já acumula 55 atualizações, mas só agora seu perfil passou a circular na rede. Apesar disso, até a tarde desta quarta-feira (26), Maluf ainda não tinha ultrapassado a barreira dos 150 seguidores.

Para quem tem dúvidas sobre a veracidade do perfil, a assessoria do deputado confirmou ao portal Virgula que é o próprio Maluf quem atualiza e administra a conta.

Promessas e problemas

Aos 77 anos, Paulo Salim Maluf foi governador de São Paulo (1979-1982), prefeito de São Paulo (1969-1971 e 1993-1997) e hoje exerce seu segundo mandato como deputado federal.

Maluf ficou conhecido por suas promessas e grandes obras como prefeito da capital paulista na década de 90, época em que alcançou o maior índice de aprovação da história de São Paulo, com cerca de 93%. Entre outras iniciativas, implementou projetos com nomes curiosos como o Rota na Rua, Leve Leite, Cingapura e Fura-Fila.

No final do mandato, Maluf indicou Celso Pitta, secretário de finanças, para ser seu sucessor na prefeitura. A campanha vitoriosa que elegeu Pitta foi comandada pelo publicitário Duda Mendonça, que anos mais tarde foi acusado de estar envolvido no Escândalo do Mensalão. Na campanha, que transferiu votos para Pitta, Maluf ficou marcado pela seguinte frase: “Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim”. Desde então, o ex-prefeito de São Paulo ficou fora da política durante dez anos.

Em 2005, Maluf foi preso sob a acusação de intimidar uma testemunha diante das denúncias de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção e evasão fiscal. Ele ainda é acusado pela justiça brasileira de ter uma vultosa conta no paraíso fiscal das ilhas Jersey.

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