O músico britânico Paul McCartney diz que gostaria de escrever músicas de protesto, mas considera que ainda precisa “melhorar” para ser mais habilidoso com isso, declarou à revista musical britânica Q que será publicada na próxima quinta-feira.
Autor de obras que vão desde os embalos do iê-iê-iê a filosofias de amor como Yesterday, o ex-Beatle diz se sentir atraído pelo compromisso social para compor músicas críticas.
Entre suas contribuições neste terreno, figuram canções que escreveu com o grupo Wings como Give Ireland Back To The Irish, um protesto contra o massacre do Domingo Sangrento ocorrido na Irlanda em 1972, quando o Exército britânico reprimiu manifestações pacíficas a favor dos direitos civis.
“Não se pode ter tudo, eu escrevi canções sobre sentimentos. Eleanor Rigby trata da solidão; escrevi canções de amor, como Maybe I’m Amazed. Este é meu forte”, assinala McCartney à revista.
Muito consciente de suas principais habilidades, o músico reconhece, no entanto, que gostaria de criar mais letras de protesto.
Apesar da pouca produção política, o ex-beatle ressalta não ter silenciado “como outras pessoas”. “Eu contestei algumas situações, como Give Ireland Back To The Irish e Big Boys Bickering, mas esses não são necessariamente minhas melhores músicas”, explica.
O cantor e compositor reconhece, por outro lado, que ainda hoje se surpreende com o fato de poder continuar escrevendo. “Se tivesse que tentar explicar como o faço, não conseguiria”, complementa