Os parentes das vítimas do vôo 447, da Air France, decidiram nesta quarta (15) criar uma associação. O objetivo é acompanhar mais de perto as investigações sobre o acidente e garantir que os seus direitos sejam cumpridos pelas empresas envolvidas.
O presidente da associação é Nelson Faria Marinho, que perdeu um filho na queda do avião. Ele está viajando para a França e para a Alemanha, para se encontrar com parentes de vítimas daqueles países e, juntos, traçarem uma estratégia comum de atuação.
Tão logo eu volte de lá, o objetivo é acionar o Ministério Público e a Agência Nacional de Aviação Civil para que as autoridades brasileiras possam acompanhar, juntamente com as francesas, toda a investigação deste trágico acidente, disse.
Nelson Marinho reclama por mais informações sobre o trabalho de investigação e também considera insuficiente o apoio oferecido pela Air France aos parentes.
Ele cita o caso de sua esposa, que teve pagas, pela companhia aérea, 10 sessões com um psicólogo, quantidade abaixo da necessária para superar um trauma tão grande, na sua avaliação.
O avião da Air France caiu sobre o Oceano Atlântico na noite do dia 31 de maio, depois de decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris. As 228 pessoas que estavam a bordo morreram e as causas do acidente ainda não são conhecidas.