Na semana seguinte à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central (BC) divulga a ata do encontro. O documento ajuda a entender que fatores da economia foram analisados para a decisão sobre os juros e também dá perspectivas para as próximas reuniões da entidade, que em seu último encontro optou pela redução em um ponto percentual da taxa de juros. São essas decisões que influem nos valores do cheque especial, do empréstimo pessoal e na taxa dos crediários das lojas.
No texto divulgado nesta quinta-feira (18), o BC avalia que existe ainda uma pequena margem para a redução da taxa Selic. A autoridade monetária ressalta que as novas decisões serão bastante rigorosas e com o objetivo de deixar a inflação dentro da meta.
O governo trabalha com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,5% ao ano, com os limites ficando dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Para o Copom, o desaquecimento da demanda da economia no mercado interno gerou uma margem de ociosidade e que esse cenário não deve ser revertido rapidamente.
Esse movimento diminuiu as pressões inflacionárias e contribuiu para o corte dos juros. A intenção é fazer com que a economia volte a crescer, mas tomando cuidado para não alimentar a inflação.
O documento do BC aponta também para algumas melhoras nas expectativas da economia em relação à ultima reunião, que aconteceu em abril. No entanto, ainda existe uma preocupação com novos reflexos da crise financeira internacional, que ainda podem trazer influências recessivas para o país.
Sobre os preços das tarifas de energia em 2009, o Copom não trabalha com a possibilidade de queda no preço da gasolina para o consumidor.
Um caso que deixa clara essa questão é que, no início de junho, a Petrobras anunciou uma redução no preço do diesel, mas não chegou às bombas, pois o governo aumentou os impostos do produto.
No que diz respeito à energia elétrica, a previsão de aumento caiu de 6,3% para 4,7%. Foram mantidas as previsões de reajuste para o gás de botijão (0%) e telefonia (5%). No conjunto dos preços administrados, o BC reduziu as previsões. Neste ano foi de 5% para 4,8% e para 2010 de 4,8% para 4,5%.