Desde o segundo semestre de 2008, a Câmara Municipal de São Paulo passou a ter um controle da assiduidade dos parlamentares nas sessões por meio de um painel eletrônico, comprado por R$ 980 mil. Cada ausência representa um desconto de R$ 583,33 no salário mensal de R$ 7 mil. Mas, segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, o controle eletrônico não registra a participação efetiva dos parlamentares nos debates legislativos.

O registro de presença no início ou fim das sessões tornou-se prática comum entre um grupo de vereadores. Em uma sessão, por exemplo, o painel indicava a presença de 26 parlamentares, mas, 13 minutos após o início dos trabalhos, apenas 11 parlamentares estavam presentes.

Menos de uma hora depois do início da mesma sessão, os 11 parlamentares continuavam presentes e o painel já registrava 46 vereadores no plenário.

Mesmo nos dias de votações importantes, como na quarta-feira (01/04), quando houve a apreciação em primeiro turno de um substitutivo do projeto Nova Luz, o plenário só lotou no momento da votação. Naquele dia, o painel eletrônico, às 15h17, já apontava 40 presentes, mas somente 17 parlamentares faziam as discussões sobre a mudança no projeto que prevê a revitalização da Cracolândia, no centro.

“Tem vereador que não fica no plenário, mas no gabinete dele, trabalhando. Nesse dia do Nova Luz, eu entrei na sessão e depois saí para uma reunião na Prefeitura. Mas depois voltei a tempo da votação”, argumentou o vereador Dalton Silvano (PSDB), vice-presidente da Casa, ao Estadão.


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Para não descontar salário, vereadores de São Paulo batem ponto e fogem de sessão