O diretor do filme This Is It, Kenny Ortega, rejeitou hoje as acusações que vinculam a morte de Michael Jackson com os preparativos para sua sequência de 50 shows em Londres e afirmou que a turnê era uma prioridade para o “rei do pop”.
Em aproximadamente duas horas, This Is It – que fez sua estreia mundial hoje – apresenta os melhores momentos dos últimos ensaios do cantor em Los Angeles, entre março e o dia de sua morte, 25 de junho.
Também responsável pela organização dos 50 shows de Michael marcados para julho em Londres, Ortega explicou que o cantor tinha tanta vontade de fazer o espetáculo que ensaiava em vez de “passar tempo com seus filhos”.
“Muita gente especulou sobre ele (Michael) e inclusive foi perseguido judicialmente”, disse o diretor, para quem as pessoas que dizem que o artista morreu devido ao excesso de trabalho e à pressão de organizar os shows não sabem do que falam.
“O filme fala por si só. É Michael fazendo, compartilhando, é muito claro, muito cru. Michael queria estar ali, aquilo o enchia de energia”, afirmou Ortega.
As imagens de This Is It tinham sido gravadas inicialmente para uso privado do cantor e não havia previsão de que fossem usadas como material extra para o DVD que seria lançado a partir dos shows em Londres.
“Estas gravações eram apenas para repassar e fazer ajustes no espetáculo. Não havia um roteiro de filmagem”, conta Ortega.
Ortega lembrou diante da imprensa seu último encontro com Michael Jackson, um dia antes de sua morte.
“Me disse: ‘te amo, Kenny, nos vemos amanhã, obrigado’ e se foi. No dia seguinte, estávamos preparados para continuar com os ensaios e ter tudo pronto para quando chegasse. Seria um de seus dias preferidos porque os truques dos ilusionistas o encantavam. Quando soubemos (de sua morte), tudo parou”, disse.
No dia de sua morte, Michael trabalharia na apresentação da música Dirty Diana e em uma transição para a canção seguinte no show, Beat It, quando o rei do pop desapareceria em uma cortina de fumaça para reaparecer em seguida sobre o público.