O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim confirmou nesta quarta-feira (6) que a definição sobre a compra dos 36 caças que serão utilizados no reaparelhamento da Força Aérea Brasileira será política. Participam da licitação a francesa Dassault, a norte-americana Boeing e a sueca Saab.
“A decisão final sempre é política, porque é tomada por órgãos políticos”, declarou o ministro. “É óbvio que vamos estudar e levar em conta o conteúdo dos relatórios técnicos, mas a decisão final cabe ao ministro da Defesa (Nelson Jobim) e ao presidente da República”, disse Amorim durante um encontro com jornalistas realizado na Suíça.
Aparentemente, a Dassault estava mais próxima de vender os Rafale para o Brasil, tanto que um acordo chegou a ser assinado, em 7 de setembro, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, mas a Aeronáutica, por meio de laudo técnico, teria indicado preferência pelos Gripen, da Saab, também em razão do preço.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá a última palavra sobre a compra de aviões de combate. O negócio está orçado em cerca de US$ 4 bilhões.
Amorim lembrou, porém, que o Brasil vai estudar as diversas propostas, “levando em conta as questões técnicas”. Mesmo com o relatório, que coloca seus aviões na terceira posição, a Dassault permanece como a favorita de Lula, especialmente por conta do fator político.