Os países pobres serão os mais prejudicados pelos efeitos das alterações climáticas. O estudo divulgado pela Oxfam, ONG que luta contra a pobreza no mundo, baseou-se no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado às Nações Unidas e reafirma a avaliação de cientistas ao redor do planeta.
Um dos pontos de preocupação é em relação à produção de alimentos na zona tropical. Quase 700 milhões, de 1 bilhão de pessoas que vivem na linha de pobreza, encontram-se em zonas rurais de países em desenvolvimento e muitos já sofrem com o padrão irregular de chuvas em suas plantações.
A Oxfam ressalta que o aquecimento global vai prejudicar até o regime de trabalho de populações, já que o calor pode baixar a produtividade em até 30% em cidades como Nova Déli, na Índia. A luta pela água também é outro grande problema previsto por cientistas ligados ao IPCC. De acordo com a Oxfam, La Paz, na Bolívia, por exemplo, já sente a falta de água com a diminuição de geleiras nos Andes, que abastece a cidade.
Os prejuízos trazidos pelo aumento de desastres naturais, que em 2005 ficou em pelo menos US$165 bilhões por conta de furacões, e o problema humanitário causado por deslocamentos populacionais completam as sombrias previsões repercutidas pela Oxfam.
